domingo, 1 de fevereiro de 2009

Entrevista Com o Vampiro

By: Ruben V. Nepales

[You Magazine - Edição de Janeiro/Feveiro de 2009]

Los Angeles - Ao contrário do que foi dito pela revista Entertainment Weekly, o astro de Crepúsculo, Robert Pattinson, disse que não pediu a colega de trabalho, Kristen Stewart, em casamento durante as filmagens do filme. Esse tópico e mais alguns outros - como a história da menina que inspirou o Robert a virar ator no Ensino Médio e como ele abordou o papel de Edward - estão dentre os que conversamos com Robert numa entrevista no Berverly Wilshire Hotel em Beverly Hills.

"Eu tenho uma vida muito pequena fora do meu trabalho", disse Robert, cujo famoso cabelo despenteado o diferencia dos outros jovens atores; ainda assim, foi impressionante vê-lo pessoalmente. Com Crepúsculo superando todas as expectativas de bilheteria, Robert agora tem a opção de levar as coisas com calma e ter um pouco mais de vida, ou mergulhar em mais trabalhos no cinema aproveitando-se de sua popularidade.

Parece que Robert optou pela última opção. Mesmo antes que os gritos de adoração se abrandassem, ele já assinou contrato para, em janeiro, trabalhar no filme Parts Per Billion, um drama passado em Los Angeles. Enquanto isso, Robert será visto em dois filmes que ele já gravou. Em Little Ashes, ele representa o pintor surrealista espanhol Salvador Dalí, enquanto em How To Be, ele representa um cara de vinte e poucos anos em crise por causa de sua idade.

P: De acordo com um artigo na Entertainment Weekly, você ficava pedido a Kristen em casamento no set de filmagem.
Rob: Eu não sei de onde saiu essa história de casamento. Eu me pergunto quem disse "Eu o ouvi pedindo a Kristen em casamento". Eu não sei porque eu a pediria para ela casar-se comigo tantas vezes no set (rindo).

P: Você pode falar mais sobre a Kristen?
Rob: A Kristen é ótima. Ela foi a razão principal de eu querer fazer o filme. Ela tem um grande de histórico de filmes nos quais atuou. Eu achava que havia uma boa chance de Crepúsculo ser um típico filme adolescente. Mas, tê-la no filme era como uma garantia de que não seria assim. Eu sabia após conhecê-la que ela lutaria pelo queria. Eu definitivamente sabia que tinha alguém ao meu lado desde o começo. Ela era boa e era exatamente o que eu imaginava que ela seria. Ela é muito forte e para uma pessoa tão nova, ela é bem firme. Ela não se rebaixa para ninguém. Eu penso que dentre as jovens atrizes de sua geração, ela provavelmente será a maior de todas.

P: Antes da audição para esse papel, como era sua vida?
Rob: Eu vivia em Londres e estava um pouco cansado de atuar, para ser honesto (rindo). Eu estava fazendo música em Londres. Eu não estava nem mesmo pensando em atuar. Eu realmente gosto de minha agente americana e ela disse "Escute, você não esteve aqui durante o ano inteiro, você precisa vir e fazer alguns testes." Então, Crepúsculo foi só uma das audições que eu fiz. Eu realmente não esperava conseguir o papel. Eu também não sabia o quão grande era. Agora, acabou sendo essa coisa enrome, então acho que foi tudo um grande golpe de sorte.

P: Como você se enfocou no personagem?
Rob: Quando você ler o livro, parece fisicamente impossível interpretar Edward porque ele é basicamente um enigma. Ele é uma uma tela onde as pessoas projetam todas as suas fantasias sobre o homem perfeito. Como um humano normal, você não vai ser o que todos querem (rindo). Eu apenas pensei em como eu poderia deixar de lado essa coisa dele ser o cara perfeito, antes de tudo, e em sua aparência e tudo mais. Eu basicamente comecei dizendo "okay, Bella é obssecada e completamente encantada por ele, então ele poderia ser qualquer coisa". Ele poderia parecer com o que quer que você quisesse. Não sei se isso foi uma desculpa. Eu não precisava fazer daquele modo, mas, sim, eu comecei com aquilo e basicamente abandonei cada elemento de fanatasia existente. Eu meio que desvendei cada um dos elementos dele como um vampiro e como eu poderia relacionar aquilo de uma maneira humana. Eu apenas tentei ver isso sem qualquer dos esteriotipos sobre vampirismo. Eu apenas tentei humanizá-lo o máximo possível, e depois adicionei elementos de personalidades masculinas pelos quais as garotas sentem-se atraídas há muito tempo. Eu analisei o apelo permanente de James Dean e tentei incorporá-lo ao personagem. Eu pensei em toneladas de coisas pequenas, mas eram idéias vagas.

Q: Você sempre quis atuar desde criança?
Rob: Eu não era um "ator" ou coisa do tipo. Eu não fiz teatro no colégio. Eu entrei para um grupo de teatro quando eu tinha entre 15 e 16 anos especificamente por causa de uma menina de quem eu realmente gostava. Eu trabalhava nos bastidores. Eu nunca tive a inteção de fazer aquilo e então eles fizeram "Guys and Dolls". Eu realmente queria muito fazer o papel de Nathan Detroit - completamente fora de sentido. Eu nunca havia cantado em público ou algo assim. Eu simplesmente fiquei obssecado por aquilo de repente. Eu fiz o teste e não consegui o papel. Interpretei o dançarino cubano, ao invés disso (rindo). Então, todas os bons atores saíram. A próxima produção era Thorton Wilder's Our Town. Eu era o único alto o bastante para fazer o personagem principal. Então, eu fiz. Havia um agente na platéia. Eu fiquei com esse agente e a partir de então, eu comecei a pegar alguns papéis. Eu fiz Vanity Fair com Reese Witherspoon. Foi meu primeiro trabalho. Eu fiz um filme alemão sobre os Vikings e então fiz Harry Potter. Isso foi durante o tempo em que eu estava decidindo se iria ou não para a faculdade. Mas, Harry Potter precisava de horas extras, então eu não tinha que pensar em ir para a faculdade. Eu apenas comecei a representar e depois de terminar aquele filme eu pensei "Ah, bem, acho que sou um ator agora".

Q: Você ficou aquela menina que te fez entrar no grupo de teatro?
Rob: Não, não fiquei. Ela achou que eu era louco quando eu falei com ela, então não funcionou. Mas, ela foi o motivo pelo qual eu comecei a atuar. Foi por ela que eu entrei no clube de teatro.

Q: Em que momento você considerou seriamente atuar?
Rob: Acho que eu tinha 16 anos. Eu assisti "Um Estranho No Ninho" e me vesti como o personagem de Jack Nicholson. Eu sempre queria interpretar aquele personagem. Não teve nada a vê filmes. Eu apenas me sentia muito desconfortável comigo mesmo quando eu era mais novo. Eu apenas pegava coisas diferentes de filmes diferentes e realmente nunca me toquei aquilo era atuar. Depois, eu comecei a assistir muitos filmes de Godard. Eu gostava da liberdades nas coisas que você podia fazer atuando. Como, por exemplo, se você quer parecer triste, não precisa de um rosto triste, que é como eu continuo tentando em várias coisas diferentes. Por essa mesma razão - tentando arriscar - eu fui demitido daquela peça. Eu não mudei realmente depois de ser demetido. Foi provavelmente uma das melhores coisas que já me aconteceram. Eu consegui alguns trabalhos mais tarde, dizendo que eu fui demitido por defender aquilo em que eu acredito (riso).

Q: E quando você decidiu seriamente por atuar como sua profissão.
Rob: Ano passado, quando interpretei Salvador Dalí. A equipe inteira era espanhola. Eu não entendo espanhol, então fiquei obssecado pelo personagem. Eu cheguei a uma realização completamente diferente sobre o quão profundo você pode chegar dentro de um personagem e como você poder pesquisar um personagem. Foi a primeira vez que eu fiquei satisfeito com um trabalho. Eu queria trazer aquilo para cada trabalho posterior.

Q: Para você, o que é paixão?
Rob: Eu gosto de ser capaz de me comprometer completamente com alguma coisa. Eu tenho muito pouco além de meu trabalho. Então, quando eu consigo um trabalho, eu gosto de ser capaz de mergulhar completamente naquilo e abandonar o fato de que eu realmente não tenho outros interesses. Isso me dar uma chance de criar uma vida para se viver, então acho que é por essa razão que eu gosto disso.

Q: Quando você está atuando, você é mais orientado visualmente ou você prefere contato?
Rob: Há certamente algo sobre o elemento do contado. Há pouquíssimos momentos enquanto você atua nos quais você pode tocar, especialmente nos filmes modernos porque é trata-se sempre da forma como as imagens são criadas. É bem mais difícil conseguir boas tomadas com muita fisicalidade. Eu acho que as coisas são realmente mudam se você pode agarrar o outro ator - deixa a situação bem diferente.

Q: Quais são as suas preocupações quanto a ser tão popular? Há um amigo, como Daniel Radcliffe, que posso orientá-lo?
Rob: Eu não tenho muitas preocupações porque isso é muito recente para mim agora. Minha única preocupação é que quando alguma coisa está muito elevada e você está sendo realmente posto a frente das coisas, as pessoas instintivamente tentam lhe derrubar. Isso é assustador quando você não está realmente se expondo. Você não está dizendo "Ei, olhem para mim", mas as pessoas lhe colocam em certas coisas quando você não sabe se está pronto para isso ou não, é isso que me assusta. Eu acho que o modo como os atores de Harry Potter lidam com a fama é ignorando tudo e apenas vivendo a vida deles normalmente tanto quanto podem. Isso realmente funcionou para eles. Eles são todos muito equilibrados. Eu acho que Daniel vive na mesma casa em que cresceu em Londres. Você pode ver o quanto ele amadureceu. Ele apenas quer fazer um bom trabalho. Não há mais nada para se fazer. Você não precisa estar em Los Angeles. Bem, às vezes você precisa, mas não há necessidade de ir a boates e coisas assim (rindo).

Q: Catherine, a diretora, nos disse anterioriamente que os rapazes britânicos geralmente tendem a não gostam muito de se exercitar. Eles preferem ir a pubs.
Rob: É definitivamente verdade (risos). Eu acho que muitos dos rapazes britânicos que vêm para L.A. caem muito nessa coisa de se exercitar. Não há algo como um pub el LA. É uma cultura diferente. Eu acho que as pessoas de Los Angles não entendem como é normal frequentar pubs desde muito jovem em Londres. As pessoas simplesmente acham isso muito estranho. Assim como beber é algo muito estigmatizado aqui. Eu nunca entendi isso realmente. Parece muito normal para mim.

Q: Você tem uma música na trilha sonora de Crepúsculo. Você pode falar sobre isso e se ainda está ativamente na carreira musica?
Rob: Minha música na trilha sonora foi um tanto quanto tolice, eu acho. Eleveram demais. Meu amigo e eu escrevemos algumas músicas há um ano quando estávemos tentando fazer um álbum juntos. Não tinha nada a vê com Crepúsculo. Catherine Hardwicke ouviu um cd com algumas coisas minhas, que eu não havia gravado em estúdio. Ela colocou a música numa parte do filme e eu gostei. Soou bem. Se encaixou no filme. Mas, eu não pensei nisso como um modo de lançar uma carreira musical. Mas, obviamente, parece que eu estou tentando começar uma carreira musial agora, embora eu basicamente tenha feito isso porque nunca tinha gravado em um estúdio antes. Eles disseram que teríamos que que regravar a música no estúdio com violoncelistas e tudo mais. Eu apenas quis fazer aquilo e não pensei nisso antes daquele momento.

Q: Só para esclarecer, quando você assinou o contrato para fazer Crepúsculo, eles disseram que você não podia se expor ao sol e se bronzear?
Rob: Eles disseram, na verdade, quando eu estava filmando, mas não tanto mais. Eu não gosto de estar ao sol, de qualquer moo, o que é muita sorte. Eu sou inglês, então não faço isso. Eu apenas fico (risos) vermelho. Eu nem ao menos fico bronzeado. Eu acho que você poderia ter um vampiro vermelho, o que faz um pouco de sentido.


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